terça-feira, 9 de outubro de 2012

A verdade sobre a doação do terreno do Morumbi (será???)

Dados extraídos do Blog :http://jornalismofc.com/2009/06/09/a-verdade-sobre-a-doacao-do-terreno-do-morumbi/   data do post: 06/2009

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Fonte: http://spfcpedia.blogspot.com/2008/08/obteno-do-terreno-do-morumbi.html
Eis um documento histórico que registra um dos primeiros passos da construção do Estádio do Morumbi. Trata-se de uma escritura pública de um tabelionato. Refere-se adoação da Imobiliária Aricanduva ao São Paulo Futebol Clube de, aproximadamente, 100 mil metros quadrados, datada de 1952.
Sobre o terreno
Sabemos que somente o Estádio possui 112.904 m² de área construída, com seus arredores o número beira 150 mil metros quadrados (alças de acesso, etc). Dessa maneira, a área cedida representa praticamente 2/3 do total.
Em entrevista notória ao site SPNet, o ex-presidente do SPFC (e na época da construção, ainda não-governador), Laudo Natel, afirmou: .
“Compramos outros 25 mil metros quadrados de um total de 154 mil e deixamos 100 mil para o estádio de futebol. Compramos da Imobiliária Aricanduva os outros 25 mil metros quadrados e eles cederam outros 25 mil”
Outros 25 mil a mais, dessa vez para o Complexo Social, ao que parece. A área total do patrimônio do SPFC no Morumbi (Estádio + Social) é de, aproximadamente, 302 mil metros quadrados, sendo o restante adquirido por recursos próprios, posteriormente.
Lembrando que: ninguém joga dinheiro fora. A imobiliária possuía interesses econômicos em desenvolver a região, em loteamentos, além da exploração de cadeiras cativas no futuro estádio (Ação desempenhada também pelo Bradesco:(
Quando o Morumbi foi lançado, existia um programa de rádio e TV com o seguinte título: “Sai Dessa”. Eu fui convidado e a pergunta que me fizeram foi a seguinte: “O senhor está construindo um estádio em lugar que não possui condução, esgoto, água encanada, telefone, eletricidade. Como ele vai sair?”…
No meio do mato?
No meio do mato. Eu me lembro que, na época, um jornal esportivo publicou uma charge com uma fotografia de um matagal dizendo: “Estádio do São Paulo em 1980”. Mas, eu respondia: “Nós vamos fazer esse estádio e depois vou dizer ao poder público: ‘Sai Dessa!’. Me dê as condições”. E realmente foi o que aconteceu. A água foi pra lá, o telefone foi pra lá, o esgoto foi pra lá, a eletricidade também foi. De modo que foi uma obra audaciosa, mas felizmente deu resultado porque foi conduzida profissionalmente. Jamais deixei sair um cruzeiro que fosse da construção do estádio para o time de futebol profissional“.
Sobre a Imobiliária Aricanduva.
Era propriedade (80%) do ex-governador Adhemar de Barros (1947-1951, 1963-1966). Em 1950 arrenda junto à prefeitura uma gleba de terra de 2.333.916 m² na região oeste da cidade. Acusado foi Adhemar de ter obtido a verba para tal compra quando era Governador do Estado, por empréstimo ilicito, todavia, nada fora provado contra sua ação no Tribunal de Contas do Estado, ainda no período democrático pré-ditadura. Tanto que, concorre e vence as eleições para a prefeitura de São Paulo em 1957.
Os negócios da Imobiliária, então, expandem e desenvolvem a região. Nela se instalam o Hospital Albert Einstein, o Grupo Bandeirantes de Comunicação (Rede Bandeirantes), e como sabemos, o São Paulo Futebol Clube, além do Governo Estadual, com sua sede administrativa, e toda uma grande comunidade de pessoas comuns que hoje lá residem. Todos se instalaram legitimamente, inclusive os membros da ONG Morumbi Cidadania.
Ainda que os métodos de trabalho de Adhemar de Barros sejam obtusos, os envolvidos pouco ou nada teriam a ver com as supostas irregularidades do político enquanto governador, visto que as ações foram legítimadas pela própria prefeitura, tribunais e demais orgãos públicos competentes. Vale citar que a mesma prática empresarial desenvolvimentista foi utilizada na construção da UNICAMP e da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira.
Sobre testemunhas e fiadores

João Jorge Saad
, dono da então Rádio Bandeirantes, era assumidamente corinthiano, e ainda assim avalizou a instalação do SPFC, clube rival, no Morumbi. Armando de Arruda Pereira, ex-prefeito, hoje dá nome a importante avenida no Ibirapuera, talvez justamente por ter salvo e preservado a região, pois os planos do Tricolor era justamente erguer seu estádio naquele bairro. Luis Cássio dos Santos Werneck eLuiz Campos Aranha são melhores descritos com palavras de Laudo Natel:
Hoje, é fácil dizer que a prefeitura cedeu o terreno e nós fizemos. Mas, eu destaco duas pessoas que conseguiram isso [a autorização para uso do terreno, afinal, veja o documento acima, a prefeitura somente mediou e legitimou o processo].
Um é o Luiz Cássio dos Santos Werneck ou outro Luís Campos Aranha. O Aranha ia até a Prefeitura, comprava um jornal e só saia de lá até o secretário o atender. Se o secretário não atendesse, ele voltava no dia seguinte. O Werneck era um rapaz inteligente, advogado, prestou grandes serviços ao São Paulo.
Sobre as condições de doação
Que fique claro, doador: Imobiliária Aricanduvainterveniente (mediador que impõe intervenção, normas, condições:( Prefeitura. Dessa maneira, a transação somente fora autorizada, visante futura construção do Estádio, com as condições, aparentemente não cumpridas, da criação de um Parque Infantil e de um Estacionamento.
Digo aparentemente, pois, a nota desse tabelião não dita negociações futuras. É um documento histórico que retrata um fato histórico – que remete ao passado. Não é passível afirmação de irregularidade sem tomarmos ciência de todo o processo histórico.
Nada garante que em data posterior os termos não tenham sido renegociados – como ainda hoje vemos em outras ocasiões, principalmente no que tange a impostos. Caberia ao São Paulo Futebol Clube, como “interessado”, esclarecer o fato em sua defesa, se preciso fosse.
Mas não é, e por isso foi bem usado o termo “que remete ao passado”. Qualquer ação civil no momento atual por parte de um reclamante (no caso, somente a Prefeitura – visto que a condição partiu dela, ou algum cidadão a qual ela representava na negociação) não é cabível, pois já caducara o prazo legal para tal, ou seja:prescreveu.


As informações acima, bem como a imagem do documento, foram retiradas do blog do meu amigo Michael Serra. Excelente fonte de consulta para todo torcedor tricolor.
Acessem: http://spfcpedia.blogspot.com

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