quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A culpa foi do Kaká - Copa de 2010 e agora será diferente??



É muito fácil esculhambar o Felipe Melo. Jogador limitado teve um ano ruim e fez besteira no momento decisivo. Mas, alguém esperava ganhar a Copa por causa do Felipe Mello? E, sinceramente, voce acha que as coisas seriam diferentes com 11 jogadores, se os 11 ficaram olhando mansamente a Holanda virar um jogo que deveria estar ganho pela superioridade brasileira na primeira fase?
A Copa se ganha com as grandes estrelas. Elas que fazem diferença. Em 1970, também havia um "Felipe Melo". Era o Brito. Aplicado, durão, mas não um definidor. Mas as estrelas resolveram. Em 58 era o Bellini e, por que não lembrar, em 94 o próprio Dunga. Quem trouxe a taça foi o Romário. Como o Didi em 58, o Garrincha em 62, o Pelé em 70 e a dupla Ronaldo/ Rivaldo em 2002. Culpar o minhoca pela derrota é sacanagem. Quem tinha que resolver era o Kaká ou o Robinho. O Robinho foi mais ou menos e o Kaká afinou de novo, como fazia nos tempos do São Paulo, nos jogos decisivos, ou alguém esqueceu disso?
Sim, ele foi muito bem no montado e estruturado Milan e o Milan deve muito a ele. Mas, na sequência, negou fogo no Real Madrid. E, se na seleção de 2002 era figurante, e em 2006 tinham outros melhores, agora era a Copa dele. E ele pipocou com em tantas outras oportunidades. Com arzinho de bom moço, fica incômodo apontar o dedo contra ele. É mais tranquilo acusar o "cara de mau". Ele, o mauzinho, no entanto, fez bem mais do que a estrela. Meteu 2 bolas, que redundaram em gols, inclusive a do jogo contra a Holanda.
Já o melhor jogo do Kaká foi contra Portugal, aquele onde ele brilhou pela ausência. "A história seria outra se o Kaká tivesse jogado. Faltou ele no meio campo". Mas, quando jogou, não conseguiu mostrar nada nem contra a medíocre Coreia do Norte, e contra o Chile chamou mais a atenção por ter falado um palavrão do que pelo futebol.
Kaká foi a grande decepção. Era a Copa dele e ele negou fogo. Culpar o baixo clero pela incompetencia dele é não querer ver o óbvio, que faltou um Sneijder, ou um Zidane, no time do Brasil.





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